A minha leitura do ano vai para o livro de José Luís Peixoto: Antídoto, editado em 2003. É uma novela de contos inspirada no universo musical do disco The Antidote (Century Media, 2003) dos Moonspell. São palavras que entram no pensamento e nas emoções.
Descobri o livro numa tarde friorenta deste ano, em que já tinha tirado o resto da tarde para ficar em casa, mas resolvi sair e passear. Dei por mim já estava dentro daquela livraria, porque os pensamentos às vezes levam-me a esse lugar, entrei à procura deste livro que desconhecia e que ainda não sabia que o ia comprar, descobri-o na secção de livros de poesia, estava disposto juntamente com livros de bolso e livros intensos, lembro-me de estar a olhar para cada livro da estante, em que o Antídoto, e sem o conhecer, cativou-me pelo nome e pelo autor. Quis assim comprar estas 87 páginas que me despertaram o interesse pela breve leitura ainda dentro da livraria. Recomendo pelas palavras e viagens de cada conto.
Cito Fernando Ribeiro (Moonspell): "...nesta mistura de veneno e antídoto, de horror e beleza, sem forma, limites ou condições, existe um espírito que espalha um eclipse, que volta as costas à encruzilhada, que depois das nuvens é o medo, que debaixo da pele é o medo."
Cito José Luís Peixoto: "Como sangue, somos lágrimas. Como sangue, existimos dentro dos gestos. As palavras são, tantas vezes, feitas daquilo que significamos. E somos o vento, os caminhos do vento sobre os rostos."
Participação no desafio: As vossas leituras de 2013, promovido pelo SAPOblogs.
Nova Iorque
Não houve uma única vez em que ao passar por elas, me passassem despercebidas, trazem-me um sentimento de nostalgia, e um certo interesse em ficar a observá-las, pelo grafismo característico, e a beleza que conferem aos edifícios, pela disposição em que são colocadas, pela forma como funcionam na construção. As sombras projectadas nas paredes e janelas, o ferro disposto em tubos sólidos e frios, a dinâmica da estrutura.
Penso que não estejam só relacionadas à necessidade, pelo simbolismo que o próprio nome lhes atribui.
Por mais simples que sejam, têm sempre uma aparência grandiosa, porque mesmo estando algumas degradadas pelo tempo conseguem sempre um segundo olhar meu.
Image via: oesquema.com.br
# Quando entras numa livraria com o objectivo de comprar um livro e compras três, chegas a casa e queres lê-los ao mesmo tempo.
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