Se não existisse luz não haveria cores, e esta é essencial para a percepção da cor pelos nossos olhos.
A luz solar que é a base de toda a luz, é transmitida através de raios luminosos que por sua vez se decompõem em várias cores, o espectro (que é simplesmente luz visível), e dependendo da luminosidade a cor surge em diferentes tons ao olho humano.
Existe a cor-luz que é obtida aditivamente pela sobreposição de luzes: é o chamado sistema RGB: Red + Green + Blue = white; este sistema é o mais utilizado em monitores e televisores.
E a cor-pigmento, que se obtém ao manchar uma superfície sem pigmentação (branca), misturando as cores primárias, também chamadas de cores secundárias da luz: Cyan Magenta Yellow, e é o sistema CMY.
Surge então o sistema CMYK em que a letra K designa a cor preta, o K é de Key (chave), ou de blacK, devido à cor preta ser considerada a cor chave na indústria gráfica, por ser usada para definir detalhes das imagens.
Quem é que já não viu a indicação a estes sistemas no dia-a-dia? Provavelmente alguém se irá lembrar de um tinteiro para impressora, ou nas definições de cor de algum programa informático...
Estes sistemas são um detalhe, que não deixam de ser pertinentes.
"Qualquer cor é bela enquanto for preta."
Henry Ford
Arthur Rackham Illustration
O início é levado pelo vento, micro partículas seguem o seu caminho sem saberem para onde vão, são poeiras verde-amareladas, amarelas, que precisam de um local para depositarem o que levam consigo, imensas cores, formas, texturas, tamanhos e o mais importante, o código para dar origem a uma nova vida. Mais tarde se forem bem afortunadas irão dar forma a flores, árvores e frutos.
O seu caminho é atribulado, não só o vento como os insectos vão ajudar neste longo processo, as mais corajosas agarram-se ao dorso das abelhas, aproveitam a longa jornada e confiam no bom gosto destas para a escolha da futura casa, quando olham para baixo vêem as outras partículas que preferiram, ou melhor, não tiveram escolha, e tiveram que se colar a um besouro, viagem esta mais cómoda mas também mais lenta. Algumas não encontram o seu objectivo e acabam por ficar presas entre umas pétalas de cor lilás por sinal, estas não tiveram a mesma sorte das suas amigas.
O céu está limpo e deixa passar totalmente a luz do sol para as flores começarem a segunda parte da viagem, o código vai ser descodificado e assim dar origem a formas de vida idêntica, com todas as particularidades dos seus antepassados, para dar continuidade à sua espécie.
Amanhã não sabem como vai ser o dia, porque toda a viagem foi e é um mero acaso.
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